Uma representação comum do negro está presente numa expressão muito popularizada: “Preto parado é suspeito e correndo é ladrão”. Observe como as representações têm poder para criar acontecimentos jornalísticos.
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
1. Refira a responsabilidade dos meios de comunicação social.
2. Refira a responsabilidade das autoridades policiais.
3. Refira a responsabilidade dos políticos.
4. Contextualize a manifestação da extrema-direita.
5. Comente a “impossibilidade” do oficial da polícia transmitir a versão verdadeira dos factos, que conheceu antes dos telejornais de 10 de Junho (4º vídeo).
6. Verifique o interesse do que aprendeu sobre "representações sociais" para responder às diferentes questões colocadas nesta ficha.
Era uma vez um arrastão… 10/Junho/2005
quarta-feira, 25 de maio de 2011 Publicada por admin | Etiquetas: CP_4, Intolerância, RA1Representações dos ciganos
quarta-feira, 18 de maio de 2011 Publicada por admin | Etiquetas: CP_4, Intolerância, RA1"Os portugueses não são racistas, se... os ciganos forem postos bem ao largo" (Fernandes, 2006).
Leia o texto (backup).
1. Apresente elementos que constituem a representação (imagem) social do cigano no imaginário colectivo.
2. Quando conhecemos um amigo cigano, que não tem comportamentos correspondentes aos da representação - por exemplo, não rouba - consideramos que o nosso amigo já não é "um verdadeiro cigano".
Comente a torção da realidade que as representações efectivamente provocam.
3. Tendo em consideração o texto, concluiria que:
a) a população portuguesa é racista?
b) a população de Oleiros é racista?
4. Outros aspectos que considere interessantes.
Uma longa história de resistência contra uma sociedade dominante que não tem aceite a sua sub-cultura, tem sido oferecida pelo povo cigano:
- As autoridades queriam torná-los iguais ao resto da população, impedindo-os de ter as suas particularidades no vestir e nos hábitos de vida. Ainda assim, muitas vezes os ciganos se conseguiram esgueirar ao seu controlo. Data de 1526 o primeiro documento legislativo contra os ciganos – o alvará de 13 de Março exarado pelas Cortes de Torres Novas – determinando a proibição da sua entrada no reino e a expulsão dos que por cá andavam.
Como estas tentativas de erradicar a sua presença não surtiram efeito, recorria-se a castigos que iam de açoites com baraço e pregão, separação das famílias, até ao degredo para as províncias ultramarinas, incluindo o Brasil. Houve sucessivas renovações de legislação que por vezes afrouxavam desde que os ciganos vivessem em bairros próprios e vestidos à moda portuguesa.
Filipe I de Portugal decretou uma vez mais a sua expulsão no prazo de 4 meses, findos os quais seria aplicada a pena de morte, seguindo-se as Ordenações Filipinas publicadas em 1602, com a condenação às galés e vários alvarás que reforçaram a perseguição pelas queixas de roubos e outros delitos praticados pelos ciganos.
D. João IV decretou a deportação dos calé para Cabo Verde, Angola e outros territórios ultramarinos em 1647, seguindo-se outros alvarás de D. Pedro II e D. João V, que continham algumas diferenças: deportarem-se os ciganos “de fora” – o que indica que as movimentações continuavam – e de se tolerarem os que já eram naturais, “netos de portugueses”, desde que tivessem residência fixa e trabalhassem honestamente.
Mesmo assim, os ciganos não se adaptaram a esta situação, tendo havido, no reinado de D. João V, sucessivos decretos que agravavam as penas e as deportações para as províncias ultramarinas, incluindo a Índia. E por muito tempo este regime foi mantido.
Já no séc. XIX, uma portaria de 1848 decretava que fosse exigido passaporte aos ciganos que deambulavam pelo território. Pouco mais de cem anos depois, em 1954, houve um parecer da Procuradoria Geral da República no sentido de ser criado um documento de identificação específico, por se considerar que constituíam perigo para a ordem e tranquilidade pública.
Fonte: Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural
A música e a dança serão factores que contribuem para a identidade do grupo, mas observando estes rapazes certamente se dirá que não são "ciganos puros":
Certamente não conseguiremos explicar a sua resistência sem ter em consideração a sua coesa organização social:
- A união matrimonial entre duas pessoas, que normalmente se faz segundo a lei cigana, é o primeiro passo para a formação da família cigana, unidade base da sua organização social, unidade económica e educativa do grupo, bem como garante da coesão das estruturas. Assim, a sua organização social depende bastante dos laços criados pelas trocas matrimoniais entre alguns grupos, sujeitos a certas regras e leis comuns.
Está estruturada em torno de um quadro de valores simbólicos e morais, num conjunto de regras e interdições muito ligadas ao conceito de limpeza e pureza (a virgindade das mulheres antes do casamento), aos comportamentos que envolvem o relacionamento de homens e mulheres, ao respeito pelos mais velhos, ao amor e dedicação às crianças, ao luto que os une na dor, à veneração pelos seus mortos.
A solução para conflitos ou faltas graves tem que ser encontrada em conjunto pelo grupo dos mais velhos, adoptada em consenso e baseada nos valores da moral e do respeito pela honra e pela pureza. O castigo imposto pela comunidade é aplicado ao infractor e alargado a toda a família. Há também muitas vezes o recurso à opinião e conselho do Tio, homem de respeito,de certa idade, com família numerosa, inteligente e sábio, que está bem na vida e sabe falar, e que é reconhecido pela comunidade.
Fonte: Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural
Hoje, no século XXI, os ciganos continuam a ser vitimas de discriminação:
- A venda ambulante, a sua principal actividade, mantém-se na medida em que haja espaços povoados que lha permitam, mas cada vez será mais difícil ganhar a vida deste modo. Com uma escolaridade baixa, na grande maioria dos casos, não é fácil ascenderem a outros empregos. Se os rapazes ainda fazem o 1º ciclo de ensino básico ou vão quando muito até ao 9º ano, as raparigas, por uma questão de regras internas, abandonam precocemente a escola. Deste facto resulta uma escassez de competências que não lhes permite ter outros meios de vida.
Fonte: Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural
Que aprendemos a ser intolerantes pela educação que recebemos do meio familiar é o que sugerem as experiências realizadas com crianças:
A TVI fez uma reportagem onde denuncia a intolerância em Portugal: (Tópicos)
Comente tendo em consideração o papel:
- do meio familiar;
- atribuído à Escola pela sociedade;
- dos meios de comunicação social;
- da crise económica.
Pontos a focar nas reflexões:
- Interesse dos trabalhos desenvolvidos
- Dificuldades sentidas
- Enriquecimento pessoal
- Sugestões
Nota: Recorde o respectivo referencial.
Teorias Racistas - post popular na Web
quinta-feira, 5 de maio de 2011 Publicada por admin | Etiquetas: CP_4, RA1, racismoO racismo pode ser definido como uma ideologia que busca explicar o comportamento humano pela sua origem racial. Do ponto de vista político, o racismo visa promover a crença da superioridade de uma raça sobre as demais. O ódio e o temor ao outro etnicamente diferente, sempre foram um comportamento da consciência humana.
O racismo ao longo dos séculos, foi uma ideologia informe e sem grande impacto político. No século XIX, o racismo foi fortalecido pelo mito do arianismo. Adquirindo uma poderosa dimensão político-social.
No século XX, o racismo tornou-se após a Primeira Guerra Mundial 1914/1918, um fenómeno essencialmente político. São três as razões do racismo contemporâneo:
- O estudo cientifico das raças;
- A exaltação do nacionalismo;
- O misticismo imperialista.
O nacionalismo e o imperialismo contribuíram para a difusão dos ideais racistas. Inúmeros foram os teóricos que formularam as bases intelectuais do racismo:
• Johann gottlieb Fichte - para o pensador germânico, somente o povo alemão, graças a uma identidade “ sangue, solo e língua” teria condições de pensar.
• Josef Auguste Gobineau - formulou a teoria do arianismo, ou seja, a superioridade do loiro caucasiano.
Todos os apologistas do racismo apropriando-se indevidamente da “ Teoria da Selecção Natural” de Darwin, justificaram suas ideias a partir do conceito da “ Supremacia da raça mais apta.”
Fonte: http://pt.shvoong.com/social-sciences/anthropology/1866392-teorias-racistas/#ixzz1LUt7yQjN
Uma Turma Dividida
terça-feira, 3 de maio de 2011 Publicada por admin | Etiquetas: CP_4, Intolerância, RA1, racismoUma experiência pedagógica controversa. Jane Elliott, para transmitir às crianças brancas, o peso da discriminação sobre os negros, dividiu a turma em dois grupos: olhos azuis e olhos castanhos, e instruiu um dos grupos para humilhar o outro. Observe a experiência nos dois vídeos seguintes (só os dois primeiros estão em inglês):
1ª Parte - http://youtu.be/JCjDxAwfXV0
2ª Parte - http://youtu.be/0UbNp15zDtE
- http://youtu.be/3fcJLoiPxfM Vídeo que contem parte da experiência legendada em português
Documentário Olhos Azuis
Depois de nos anos 1960 ter realizado a experiência com alunos, Elliott tem repetido o mesmo exercício desde 1970 com adultos, educadores, médicos, psiquiatras, assistentes sociais e líderes cívicos, que têm exibido reacções semelhantes às de seus alunos, porém mais violentas.
Comente esta experiência, sublinhando:
- o interesse da construção artificial daquela micro-sociedade em que decorre a experiência;
- o facto de tantos voluntários se terem submetido a uma experiência humilhante;
- as vantagens da aprendizagem por experiência relativamente à tradicional (textos).
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